A SustentArtEco vai compartilhar com você como é feito o papel reciclado!
A recolha selectiva do papel
O primeiro passo para a reciclagem deste resíduo consiste na separação correcta dos produtos de papel, de modo a evitar a contaminação por agrafos, clips, elásticos, tintas, entre outros.
A recolha do papel velho pode ser obrigatória ou voluntária.
A primeira, praticada por hipermercados, editoras, gráficas e instituições estatais, produz melhores qualidades de papel, por este se apresentar pouco contaminado e ser de fácil localização. A recolha voluntária apresenta maiores problemas. Geralmente, este papel apresenta uma maior contaminação, devido à incorrecta separação do material depositado nos papelões.
Para melhorar esta separação será necessário um maior investimento em formação, dirigida à sociedade civil. Outras soluções têm vindo a ser ensaiadas em alguns municípios - recolha porta a porta - no sentido de aumentar a eficácia deste processo.
Triagem
Após a recolha, o papel é triado, de forma a serem retiradas matérias perigosas para o equipamento ou processo fabril (metais, cordéis, vidros) e matérias impróprias (por exemplo, papéis sulfurizados, encerados ou parafinados). A eficiência desta operação será determinante para a futura formação dos lotes.
Classificação
A classificação do papel velho é feita em função da sua qualidade, origem e presença de matérias toleradas, de acordo com normas européias.
Trituração
Esta operação consiste na trituração, em dimensões pré-determinadas, de alguns lotes de papel, como revistas, jornais e aparas.
As operações finais do processo de recolha selectiva correspondem ao enfardamento e à venda do papel velho às unidades fabris de reciclagem de papel, que farão a sua transformação em papel pronto para ser reutilizado.
Como o velho vira novo
O processo industrial de transformação de papel velho é semelhante ao fabrico de papel virgem, sendo o primeiro menos intensivo.
A reciclagem do papel é conseguida através do aproveitamento das fibras de celulose existentes nos papéis usados. O papel pode ser fabricado exclusivamente com fibras secundárias (papel 100% reciclado) ou ter a incorporação de pasta para papel. As fibras apenas podem ser recicladas cinco a sete vezes, pelo que a obtenção de papel reciclado por vezes implica adicionar alguma quantidade de pasta de papel virgem para substituir fibras degradadas.
As fases do processo industrial de reciclagem de papel são:
. Desagregação ou maceração: mistura do papel velho com água, de modo a enfraquecer as ligações entre as fibras;
. Depuração e lavagem: têm como objectivo eliminar os contaminantes; a depuração é feita em crivos e a lavagem através de telas de plástico, em que a dimensão da rede vai diminuindo nas sucessivas fases;
. Dispersão: pretende-se, nesta fase, a diminuição em tamanho dos contaminantes existentes. São utilizadas temperaturas de 50ºC a 125ºC para dissolver os contaminantes, que são depois dispersos;
. Destintagem: consiste na remoção das partículas de tinta aderentes à superfície das fibras;
. Branqueamento: para a maioria dos produtos reciclados, a destintagem é suficiente para obter um grau de brancura adequado; no entanto, para produtos de alta qualidade o grau de brancura das pastas é inferior ao desejado, pelo que é feito ainda um branqueamento, utilizando produtos como lixívia e água oxigenada.
Depois de feita a pasta, esta dá entrada na máquina de papel, para ser transformada em folhas, que darão origem aos mais variados produtos, como por exemplo guardanapos e papel higiénico.
Vantagens da reciclagem de papel
As maiores vantagens da reciclagem de papel são a diminuição de detritos sólidos e a economia de recursos naturais.
Veja o exemplo de uma cooperativa de reciclagem de papel na Amazônia:
A reciclagem permite libertar espaço nos aterros para outros materiais e produtos não recicláveis.
Também a nível energético este processo é benéfico, dado consumir menos água e energia (240 kw/h por tonelada de fibra secundária contra 1000 kw/h por tonelada de fibra virgem).
A nível de resíduos produzidos, as lamas resultantes dos efluentes podem, em alguns casos, ser utilizadas como fertilizantes para a agricultura.
BibliografiaGominho, J.; Pinto, I.; Pereira, H. (1996) A reciclagem do papel. Revista Florestal. Vol. IX, nº4.
Pinto, I.; Gominho, J.; Pereira, H. (1996) A importância económica da reciclagem do papel.Revista Florestal. Vol. IX, nº2.
Pinto, I.; Gominho, J.; Pereira, H. (1996) A importância económica da reciclagem do papel.Revista Florestal. Vol. IX, nº2.
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