O ano de 2013 foi eleito pela Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) como o ano Internacional da Quinoa.
A iniciativa teve a atenção do mundo sobre o papel desse cultivo, originário dos Andes, promovendo sua produção como alternativa nutricional pela sua grande versatilidade.
Diante do desafio alimentar mundial num contexto de mudanças climáticas, a quinoa aparece como uma alternativa para países que sofrem com insegurança alimentar, em função da capacidade desse cultivo de se adaptar à seca, a solos pobres e diferentes alturas.
Diante do desafio alimentar mundial num contexto de mudanças climáticas, a quinoa aparece como uma alternativa para países que sofrem com insegurança alimentar, em função da capacidade desse cultivo de se adaptar à seca, a solos pobres e diferentes alturas.
A quinoa é considerada um pseudocereal muito cultivado nos Andes. As proteínas presentes neste alimento caracterizam-se pelo seu alto valor nutricional, sendo comparadas à caseína do leite.
Trata-se do único alimento vegetal que fornece todos os aminoácidos essenciais para a vida do ser humano.
Entre os aminoácidos essenciais que compõem as proteínas de alto valor biológico do grão de quinoa, está a lisina responsável por reações de síntese de colágeno e de enzimas, além da formação de proteínas musculares entre outras funções.
No entanto, a quinoa pode ser consumida normalmente, se lavada antes do seu preparo, eliminando as saponinas e inativando os inibidores de tripsina que são termolábeis e facilmente inativados pelo calor através da cocção.
Os grãos de quinoa possuem ainda fibras insolúveis que promovem a regularização do trânsito intestinal, proporcionando uma sensação de saciedade e prevenindo contra o câncer de intestino.
Da mesma espécie do espinafre e da beterraba, a quinoa (Chenopodium quinoa Willd) trata-se de uma granífera domesticada há milhares de anos pelos povos andinos. Estudos relatam que a qualidade de sua proteína pode ser comparada à caseína do leite.
Isso tem contribuído para a popularização deste grão entre as pessoas que buscam alimentos alternativos com alto valor nutritivo e baixo colesterol. O grão de quinoa apresenta excelente balanço entre lipídios, proteínas e carboidratos.
As fibras do grão correspondem em média a 3,8%, sendo este nível maior do que os encontrados no arroz, milho e trigo.
É um cereal rico em proteína de alto valor biológico por conter 20 aminoácidos que o organismo necessita. Entre eles, destacam-se altas concentrações de metionina e lisina, que melhoram a imunidade, a capacidade de aprendizagem e a memória.
Também, pode ser considerada uma boa fonte de triptofano, aminoácido ligado à produção de serotonina no cérebro, responsável pela modulação do humor, pela disposição e bem estar.
Certos estudos analisaram o conteúdo de minerais no grão de quinoa polida (100 g de amostra), obtendo dentre os minerais analisado, maiores teores de cálcio (55,1 a 91,8 mg), fósforo (360,2 a 411,0 mg), potássio (639,3 a 732,0 mg), magnésio (415,2 a 502,0 mg), ferro (9,2 a 15,0 mg) e zinco (0,8 a 4,0 mg).
Outros estudos comprovam que o grão de quinoa apresenta quantidades significativamente superiores para estes minerais quando comparado à maioria dos cereais comumente consumidos no Brasil (trigo, milho, arroz, aveia).
Pelas suas características nutricionais pode ser indicada como suplemento na dieta de idosos, convalescentes e em regimes especiais para pacientes celíacos, ou seja, indivíduos alérgicos ao glúten.
Uma característica deste pequeno grão é o teor de saponina (um tipo de glicósido triterpenóide denominado de fraxina), que lhe confere um sabor amargo, mas que é eliminado por lavagem e fricção.
Portanto, antes de ser consumida, a quinoa deve ser desaponificada (remover as substâncias amargas ou saponinas). Isso é feito esfregando-se os grãos com as mãos em água corrente até não mais formar espuma. Após a lavagem dos grãos, não devem ser consumidos de imediato, e sim, secados imediatamente.
A quinoa não deve ficar muito tempo úmida, porque germina rapidamente.
fonte: Texto desenvolvido pela Nutricionista Claudia Jasper e pela professora do curso de Nutrição Univali, Bethania Hering.
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